Vários exemplares em liberdade do tigre do sul da China, uma das dez subespécies mais ameaçadas do planeta e que foi considerada extinta no país asiático nos tempos do ex-líder Mao Tsé-tung, foram avistados no centro da China, fora de seu habitat.
Segundo a agência estatal Xinhua, vários camponeses da Província central de Shaanxi avistaram um grande exemplar de mais de dois metros em junho.
Uma equipe de 30 zoólogos da Universidade China do Noroeste liderada pelo professor Liu Shifeng rastreou as florestas dos distritos de Zhenping e Pingli desde então e assegura ter achado vestígios destes animais, dos quais apenas 68 exemplares sobrevivem em cativeiro e menos de 30 em liberdade na China.
“Vimos suas pegadas, ouvimos seus rugidos e falamos com os camponeses que os viram”, assegurou Liu. Ele disse que as pegadas encontradas, de 15 centímetros de comprimento e largura com intervalos de um metro, não podem ser de leopardos ou outros felinos da região.
“Todos os sinais indicam que os tigres do sul da China estão nestas florestas”, reafirmou.
Este tigre foi considerado pelo ex-líder comunista Mao Tsé-tung uma das “pragas” a exterminar em 1959 para desenvolver a agricultura, quando ainda existiam 4.000 exemplares da espécie no país asiático.
Seu habitat natural eram as florestas úmidas do sul e leste da China (Províncias de Cantão, Guangxi Zhuang, Hunan e Jiangxi) e a espécie foi considerada extinta em 1994.
Os especialistas do Zôo de Cantão começaram a preservar células deste tigre para evitar sua extinção.
Os zoólogos consideram o tigre de Amoy, caracterizado por seu pêlo laranja, como a espécie que originou, por exemplo, o tigre siberiano, e é um dos dez animais com mais risco de extinção no planeta.
(Fonte: Folha Online)