A pesquisa sobre criação de cavalos-marinhos em cativeiro foi realizada na região da Galícia. O estudo conseguiu caracterizar pela primeira vez os marcadores genéticos de um cavalo-marinho europeu, informou nesta segunda-feira (23) a universidade em comunicado.
Esse dado é muito útil para avaliar o estado genético das populações selvagens e para realizar análises de parentesco na espécie. A pesquisa também serviu para obter informações sobre o comportamento de seleção de casal, afirma a nota, segundo a qual é possível que os cavalos-marinhos tenham mais de um parceiro durante a vida.
A universidade lembra que as 33 espécies conhecidas deste peixe, emblemático por ser o macho que fica “grávido”, estão protegidas devido à adaptação que as populações estão sofrendo no meio natural.
O projeto Hippocampus tenta recuperar as populações selvagens que vivem no litoral de Espanha e Portugal com base na caracterização biológica populacional e sua criação em cativeiro.
Para isso, o grupo de pesquisadores definiu as condições biológicas e tecnológicas de cultivo mais adequadas para essas espécies de cavalo-arinho, com base nas quais projetou um aquário específico e uma dieta baseada em artêmias (um tipo de crustáceo).
A pesquisadora Carmen Bouza afirmou que as ferramentas genéticas desenvolvidas serão imprescindíveis para o traçado dos cruzamentos, evitando a consangüinidade na reprodução em cativeiro, o que pode ser útil para o repovoamento em situações eventualmente críticas para os recursos naturais da espécie. (Folha Online)