“O que nós estamos colocando não é algo que seja uma espécie de caridade, porque nós vamos continuar fazendo nossos esforços independentemente de termos ou não essa ajuda, mas é uma questão de ética e solidariedade”, – disse, em entrevista nesta quarta-feira (03), ressaltando que até agora as ações no país foram implementadas com recursos próprios.
“Estamos assumindo nossas responsabilidades. E, para mudar modelos de desenvolvimento, precisaremos de transferência de tecnologia, de ações voltadas para mudança de paradigma de desenvolvimento. E isso não é uma equação fácil”.
Ela lembrou que o Brasil conseguiu uma redução de 500 milhões de toneladas de CO2 nos últimos três anos, o que representa 20% de tudo que teria que ser reduzido pelos países ricos. Segundo a ministra, a primeira fase do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que conseguiu de 2004 a 2006 uma queda de mais de 50% na taxa de desflorestamento na região e até o fim deste ano deve chegar a cerca de 75%, concentrou-se em ações de fiscalização.
Marina Silva afirmou que o governo está vivendo uma fase de aprofundamento do plano em ações de desenvolvimento sustentável, que envolve mudança do modelo de desenvolvimento. – Para isso, precisamos de esforços adicionais. Assim como é difícil para as nações ricas mudar sua matriz energética de (combustíveis) fósseis para renováveis, para os países em desenvolvimento é difícil mudar o modelo de desenvolvimento – afirmou. (JB Online)