“As empresas julgadas culpadas de violações ambientais ou que não cumprirem as exigências de emissões poluentes não serão autorizadas a cotar nas bolsas”, disse Zhou Shengxian, ministro da SEPA (Administração Estatal de Proteção Ambiental, na sigla em inglês), equivalente ao Ministério do Ambiente chinês.
Segundo Zhou, as empresas cotadas no mercado de valores da China terão de se preparar para, mais cedo ou mais tarde, “tornar públicos os seus dados ambientais.”
A China tem vindo a intensificar a vigilância sobre as empresas poluidoras depois de três décadas de rápido desenvolvimento que encheram de detritos o ar e a água de todo o país.
Pequim anunciou no último verão a criação de uma lista negra das empresas poluidoras, que deixarão de ter acesso a créditos bancários.
Segundo a própria SEPA, as empresas ignoram legislação ambiental porque as multas são leves e porque beneficiam-se da proteção dos governos e autoridades locais.
As novas medidas que vão diretamente aos mercados financeiros permitem assim a Pequim atuar diretamente, sem o governo central chinês ter de depender das autoridades regionais para aplicar a lei.
Segundo dados do o Banco Mundial, a poluição atmosférica e hídrica custa à China, a cada ano, 5,8% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. (Folha Online)