O maior órgão de financiamento do meio ambiente do mundo, Global Environmental Facility (GEF), anunciou hoje em Bali, na Indonésia, um programa de financiamento de US$ 30 a 40 milhões para conservar a Amazônia, as florestas da bacia do Congo e as ilhas de Nova Guiné e Bornéu.
A linha de financiamento Iniciativa de Conta para as Florestas Tropicais vai custear o salvamento dos ecossistemas florestais nas principais zonas verdes do planeta, declarou à Efe o brasileiro Gustavo Fonseca, chefe da seção de Recursos Naturais do GEF.
“O desmatamento provoca 20% das emissões de gases nocivos. Por isso, 20% da solução da mudança climática passam pela conservação das florestas tropicais”, disse Fonseca.
Os projetos financiados pelo programa poderão beneficiar 17 países.
“A janela para salvar as últimas extensões de florestas tropicais que restam, que produzem serviços ambientais cruciais, está se fechando rapidamente”, declarou Monique Barbut, diretora do GEF, ao apresentar a iniciativa, em Bali. A iniciativa do GEF pretende também conservar a biodiversidade, explicou.
“O futuro das florestas tropicais está ligado ao futuro da biodiversidade. Estas florestas são o lar de mais da metade da biodiversidade do planeta”, disse Barbut. Ela acrescentou que as perdas do habitat de florestas tropicais ameaçam 74% dos mamíferos, 44% das aves, 57% dos anfíbios e 67% dos répteis em risco de extinção.
O GEF é a maior organização internacional dedicada a financiar projetos ambientais em países em vias de desenvolvimento. Ele investe seus fundos em promover um desenvolvimento sustentável, conservar a biodiversidade, mitigar a mudança climática e prevenir a degradação da terra e a destruição da camada de ozônio, entre outros.
Desde a sua criação, em 1991, o fundo dedicou US$ 7,4 bilhões a subvenções e US$ 28 bilhões a programas de co-financiamento, com 1.800 projetos em 150 países.
(Fonte: Portal G1)