O governador Blairo Maggi (PR) não quis se pronunciar sobre os números. O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luiz Henrique Daldegan, disse que os dados preliminares, que apontam o Estado como um dos vilões do desmatamento na região amazônica, refletem a realidade.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse que o desmatamento “é extremamente preocupante”. “O sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que revelou a área de desmatamento de pouco mais de 3.200 quilômetros quadrados, é de prevenção e não tem resolução suficiente para pegar as pequenas áreas. Sempre trabalhamos com uma diferença entre 40% e 60%, o que tem sido confirmado pelo outro sistema, o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que faz os registros definitivos”, disse.
Motivos – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que já é possível dizer que o aumento do preço da soja, o avanço do gado na Amazônia e a derrubada de árvores para as siderúrgicas de ferro-gusa são as causas principais do desmatamento. Seus assessores lembraram que a derrubada da floresta aconteceu principalmente em Mato Grosso, Rondônia e no Pará, Estados onde esses setores da economia têm avançado muito nos últimos anos.
Os cinco municípios campeões de derrubada na Amazônia são São Félix do Xingu e Cumaru do Norte, no Pará, e Colniza, Marcelância e Querência, em Mato Grosso. Entre agosto de 2006 e julho de 2007, a área desmatada na Amazônia foi de 11.224 quilômetros quadrados, conforme o estudo final do sistema Prodes. (Estadão Online)