Segundo o levantamento, o crescimento absoluto registrado na cidade de São Paulo entre os anos de 2000 e 2008, foi de aproximadamente 477 mil pessoas, das quais 30% concentraram-se nos distritos de Marsilac, Parelheiros e Grajaú, que contêm extensas áreas de proteção ambiental ou de mananciais.
São cerca de 143 mil pessoas que todos os anos se estabelecem nessas regiões e, podem, potencialmente, interferir no ecossistema.
Em alguns distritos, entre eles Anhangüera (zona oeste), a taxa de crescimento foi de 7,9% ao ano, muito superior à média da cidade, que registrou 0,56%.
O risco em relação a essas regiões reforça outra conclusão do estudo, de que a taxa de crescimento populacional ocorreu de forma mais acentuada em regiões periféricas.
Raio-X – Os dados do Seade comprovam o de um levantamento realizado já no ano de 2005 pela (Empresa Paulista de Planejamento S/A), que analisou a questão geográfica desse fenômeno.
O mapa sobre o uso e a ocupação do solo elaborado pela empresa apontava que a Grande São Paulo contava com 60 quilômetros quadrados de favelas.
A ocupação era reflexo da expansão da mancha urbana em áreas até então não adensadas. “A população está indo sempre para a periferia, áreas que não têm infra-estrutura. E isso acaba pressionando a própria sustentabilidade da cidade, afetando o ar, a água e até a produção de alimentos”, afirmou, à epoca, o então presidente da Emplasa, Marcos Campagnone. (Folha Online)