As infecções no corte em cirurgias no seio são mais comuns do que os médicos pensavam e, em média, atingem mais de 5% das pacientes que passam por procedimentos que vão desde mastectomias (a operação de retirada do seio, geralmente ligada ao câncer de mama) até cirurgias mais simples.
Segundo o alerta publicado na revista especializada “Archives of Surgery”, da Associação Médica Americana, os custos hospitalares de cada caso de infecção passam, em média, dos US$ 4 mil.
Com seus colegas, a médica Margaret Olsen, da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St Louis, nos Estados Unidos, analisou 949 internações hospitalares para cirurgias no seio entre 1999 e 2002. As infecções eram mais comuns em pessoas que passaram por cirurgias ligadas ao câncer – ocorrendo em 12,4% das mastectomias com reconstrução por implantes. Em cirurgias plásticas, o problema era bem menos comum.
Para a médica brasileira Natale Gontijo, da Clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro, os casos de infecção no seio são raros, porque a área é considerada “limpa”. “Em 15 anos nesta clínica, nunca vi um caso”, afirmou.
Em cirurgias de implante de silicone, ela afirma que é extremamente raro ocorrer algum problema. “É claro que a possibilidade sempre existe, porque toda cirurgia traz um risco associado. Mas se a paciente escolher um bom profissional, uma boa clínica ou hospital, e seguir todas as recomendações médicas, é muito difícil”.
A cirurgiã explica que antes de qualquer procedimento, as pacientes precisam fazer uma maratona de exames, para garantir a segurança, que vão desde testes cardíacos, para assegurar a saúde do coração durante o procedimento, até outros mais detalhados. “Se ela tiver uma infecção urinária, por exemplo, não pode operar porque a infecção passará pelo sangue até a área afetada”, explica.
Durante a cirurgia, todo o local é esterilizado, para evitar infecções. Depois, a paciente precisa tomar antibióticos preventivos, como uma medida de garantia extra.
Para assegurar a segurança, Gontijo aconselha que as pacientes procurem profissionais respeitados. “Não é uma hora em que se deve fazer economia. Se quer fazer a cirurgia é melhor pagar um pouco mais e ficar tranqüila”, aconselha.
(Fonte: Portal G1)