De acordo com a OMS, o novo relatório representa a primeira análise compreensiva do uso do tabaco no mundo e também mede os esforços realizados para controlar seu uso em cada país. Segundo a organização, apenas 5% da população mundial vive em países que aplicam todas as medidas de proteção indicadas para reduzir o número de fumantes. Em 40% dos países ainda é permitido fumar em hospitais e escolas.
O relatório também revela que os governos arrecadam 500 vezes mais dinheiro em taxas relacionadas ao tabaco do que gastam com medidas anti-fumo.
“Ainda que as atividades anti-fumo estejam crescendo, os países devem fazer cada vez mais”, afirma em comunicado Margaret Chan, diretora da OMS.
O relatório propõe medidas agressivas contra as tentativas da indústria tabagista de se estabelecer em países que possuem medidas mais brandas para o combate ao cigarro.
Segundo estimativas da organização, o aumento do número de fumantes em países em desenvolvimento fará com que estes países respondam por 80% das 8 milhões de mortes por doenças relacionadas ao tabaco previstas para 2030.
A análise global divulgada pela OMS reuniu informações de 179 países.
No Brasil, o estudo, que utiliza dados de 2006, aponta que 16,2% da população adulta (maiores de 18 anos) são fumantes. O consumo de cigarros no país se mantém estável desde 1999, ficando em torno de 100 bilhões de cigarros ao ano. (Folha Online)