Eles estão tentando criar uma espécie de “andaime bioativo” com as células-tronco.
Trata-se de uma espécie de tela rígida, com uma droga para ajudar na fixação das células-tronco, que seria colocada perto da lesão, dentro do corpo.
A idéia dos cientistas é estimular as células-tronco do “andaime” a se desenvolver formando tecido ósseo ou cartilaginoso.
A expectativa é de que a novidade possa ser testada em pacientes dentro de dois anos.
Idosos – Os cirurgiões disseram que a técnica poderia reparar lesões traumáticas tidas como difíceis de ser curadas normalmente.
Brendon Noble, que liderou a pesquisa, disse que, inicialmente, os cientistas pretendem tratar lesões de cartilagem que tendem a não curar bem, ou fraturas ósseas causadas por traumas severos, como acidentes de moto.
Pacientes idosos com fraturas também têm tendência a enfrentar dificuldades no processo de cura, disse ele.
O tratamento também poderia ter impacto no tratamento de doenças como a osteoartrite, uma doença que atinge muitas pessoas com mais idade.
“Receita” – A chave para o sucesso da técnica seria acertar na “receita” para estimular as células-tronco a se desenvolver corretamente, explicou Noble, que trabalha no Centro de Medicina Regenerativa MRC, da Universidade de Edimburgo.
Ele explicou que estudos anteriores já investigaram o que leva uma célula-tronco a se tornar um tipo específico de célula, e estudiosos conseguiram “moldar” as estruturas em laboratório.
O desafio, agora, seria repetir o processo com as células-tronco dentro do corpo, no “andaime bioativo”.
Além de usar células-tronco da medula óssea, a equipe liderada pelo cientista Brendon Noble está trabalhando com o Serviço Nacional Escocês de Transfusão de Sangue para cultivar essas células a partir do sangue. (Estadão Online)