O Fundo Nacional da Suíça, instituição que apóia a pesquisa, anunciou nesta segunda-feira (31) que o novo método foi denominado endoscopia por autofluorescência e sua vantagem é ser duas vezes mais sensível que a endoscopia clássica com luz branca.
Este trabalho científico foi realizado por uma equipe de pesquisadores da Escola Federal Politécnica de Lausanne, dirigida pelo professor Hubert van den Bergh. Iniciado no final da década de 80, seu resultado está agora disponível no mercado.
Sua importância está na antecipação de diagnóstico e tratamento do câncer de brônquios. Descoberta em seu estágio inicial, a taxa de mortalidade da doença é de apenas 10%. Mas se o diagnóstico demorar cinco anos para ser feito, esse índice sobe para 80%.
Solução na luz – A equipe do professor Van den Bergh partiu da constatação de que os tecidos bronquiais saudáveis emitem naturalmente uma luz fluorescente quando são submetidos a raios de comprimento de onda específica, muito mais intensa do que quando se trata de tecidos que apresentam lesões cancerosas.
Assim, o contraste permite localizar visualmente as lesões durante uma endoscopia. Estudos clínicos realizados no Hospital Cantonal de Vaud confirmaram o método, que permite detectar duas vezes mais lesões cancerosas do que com a luz branca clássica. (Folha Online)