Lula defende suspender negociações em reserva indígena por até dois meses para evitar confronto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na sexta-feira (11) que as negociações entre forças federais, indígenas e arrozeiros na terra indígena Raposa Serra do Sol (Roraima) sejam mantidas por mais um ou dois meses para evitar um confronto violento.

“Se nós pudermos gastar um ou dois meses a mais e fazer as coisas na paz e na tranqüilidade, nós faremos. Certamente que alguns arrozeiros estão querendo ser vítimas e nós não vamos fazer vítima. As vítimas ali são os índios que moram no espaço que nós já demarcamos”, disse Lula.

O STF (Supremo Tribunal Federal) indeferiu na quinta-feira (10) o pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) de manter a operação de retirada dos não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Com a decisão, a Polícia Federal fica impedida de dar continuidade à Operação Upatakon 3 para liberar a área.

A decisão do STF atende a pedido feito pelo governo de Roraima em uma ação protocolada na segunda-feira (7) para suspender a retirada dos habitantes não-índios enquanto não houver uma posição da Corte sobre as ações contra a homologação da terra.

A PF quer retirar os arrozeiros do local, mas encontra a resistência da categoria. O envio de homens da PF e da FNS (Força Nacional de Segurança) tem por finalidade cumprir em sua totalidade o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, que homologou como terra indígena contínua a Raposa Serra do Sol. (Fonte: Agência Brasil)