Técnicos na Nova Zelândia começaram a descongelar um raro espécime de lula gigante, que foi capturado no ano passado nas águas do país.
A operação de descongelamento do animal, que tem dez metros de comprimento e pesa maia tonelada, começou na tarde desta segunda-feira (28) em Wellington, após um adiamento de 24 horas.
A lula está imersa em uma banheira cheia de água salgada. Uma vez descongelada, os cientistas vão começar a dissecá-la.
Pouco se sabe a respeito da lula gigante, que aparentemente vive nas águas frias da Antártida e pode medir até 15 metros de comprimento.
“Elas são incrivelmente raras”, disse Carol Diebel, diretora de meio ambiente do Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa.
“Esta é provavelmente uma entre seis já trazidas à tona. E é certamente a que estamos tratando com maior cuidado, (está) intacta e em condição fantástica.”
A lula, cujo nome científico é Mesonychoteuthis hamiltoni, foi capturada em fevereiro de 2007 no Mar de Ross.
Mistério – O colosso é impressionante não apenas por seu tamanho, mas também por ter sido vista muito raramente.
A espécie foi identificada pela primeira vez em 1925, a partir de dois tentáculos encontrados no estômago de uma baleia cachalote.
Estas baleias dentadas, que mergulham nas profundezas do oceano, regularmente entram em confrontos com a Mesonychoteuthis hamiltoni e outras espécies de lula gigante, como a Architeuthis genus.
Desde 1925, poucas lulas gigantes foram vistas nos mares antárticos.
Pouco se sabe sobre como e onde elas vivem. O que é certo é que são oponentes medonhos, com grandes bocas e ganchos giratórios nas pontas dos seus tentáculos.
Uma das primeiras tarefas dos cientistas será, muito provavelmente, determinar o sexo do animal.
Acredita-se que este espécime seja macho, as fêmeas parecem alcançar tamanho ainda maior.
Ou seja, os pesquisadores acreditam que haja lulas ainda maiores do que esta em algum lugar nas profundezas geladas da Antártida.
Os cientistas do centro Te Papa também estão descongelando outros três espécimes de lula, um deles em condições de conservação um pouco inferiores.
Os processos de descongelamento e dissecação estão sendo transmitidos ao vivo pela internet.
No final da semana, os cientistas devem fazer palestras sobre os resultados iniciais.
Uma vez descongeladas e estudadas, as lulas serão embalsamadas e preservadas. (Fonte: Estadão Online)