“É mais um alerta do que uma proibição às pessoas que têm insuficiência renal para que não venham a sofrer as conseqüências. A carambola tem uma neurotoxina que não é filtrada e vai direto para o sangue. Se o paciente renal comeu a fruta, ele deve contar ao médico, pois corre o risco de morrer se não fizer hemodiálise. O rim normal filtra a toxina”, afirmou o vereador. Depois de contar que pesquisou o assunto, Camargo disse que os diabéticos também correm risco e que 99% da população desconhece os danos causados pela carambola.
O médico Eduardo Martins Rebec, nefrologista do setor de hemodiálise da Santa Casa de Jaú, confirma o risco no consumo da fruta. “Há risco de morte, sim. O rim de quem tem insuficiência renal não consegue eliminar a toxina, que se acumula no sangue e acomete o sistema nervoso central. Se o portador de insuficiência renal ingerir a carambola, pode ter convulsões e entrar em coma com risco de óbito”, alerta. Para remover a toxina, é feita uma hemodiálise de urgência.
Os donos das cerca de 50 lanchonetes da cidade ainda não receberam cópias da lei, mas não ficaram felizes com a determinação. “Não concordo com a lei, mas se o papel (da lei) chegar na minha mão eu respeito. Paro de fazer suco de carambola na hora”, contou o dono de lanchonete Carlos Roberto Gotti. Enquanto não receber aviso oficial, contudo, ele afirmou que continuará vendendo o suco da fruta. “Tomo direto suco de carambola, que é uma delícia”, afirmou. (Fonte: Estadão Online)