Fan Hui Wen, médica do Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan, aponta cobras, escorpiões, aranhas e taturanas como os animais mais envolvidos em envenenamento no Estado. Há diversas espécies de cada um deles e o tratamento adequado só pode ser dito pelo médico. Não há um antídoto universal para picada de bichos. Por isso, é recomendável levar o animal envolvido no acidente até o hospital, se for possível, para facilitar a identificação da providência a ser tomada.
Além do veneno, os dentes de uma cobra geralmente carregam bactérias que podem causar infecção. Por isso o local atingido deve ser lavado.
Há medidas que podem ser tomadas para aplacar a dor sem prejuízo para a vítima. Compressas mornas podem ser usadas sobre picadas de aranha e escorpião. Em queimaduras por taturanas, o ideal é compressa fria. Nos ataques de abelhas, é importante retirar os ferrões para evitar que o veneno continue a ser injetado na pessoa. Ângelo D’Agostino, clínico-geral do hospital Beneficência Portuguesa de Santo André (ABC), recomenda a hidratação da vítima. “Isso ajuda a manter a pressão.”
As conseqüências de um acidente variam muito de acordo com a espécie do animal, a idade da vítima e o número de picadas. Uma única abelha não causa envenenamento, mas pode haver reação alérgica, diz Fan. Taturanas Lonomia e cobras jararacas causam hemorragias.
Nem todos os estabelecimentos de saúde têm soros contra venenos de animais peçonhentos, mas todos podem dar os primeiros socorros. Há uma lista on-line de unidades de referência para esses acidentes (www.cve.saude.sp.gov.br). (Fonte: Folha Online)