“Podemos ver nas imagens rachaduras no solo, feitas por gelo, o que significa que o solo está ativo”, disse Peter Smith, cientista-chefe da missão da Nasa. “Agora, estamos particularmente interessados no que está na nossa área de escavação.”
O braço robótico da Phoenix só pode alcançar as regiões mais próximas do local de pouso do veículo (como ele não é um jipe, ele fica parado o tempo todo no mesmo lugar), mas mesmo aí ainda há incertezas – até agora, apenas fotos numa direção foram tiradas.
Os dados coletados vêm em conta-gotas para a Terra, em razão do esquema de comunicação da sonda com a Terra. A Phoenix é incapaz de transferir dados diretamente para cá; em vez disso, ela precisa enviar os dados a alguma das sondas americanas em órbita (Mars Odyssey ou Mars Reconnaissance Orbiter), que por sua vez disparam as informações para a Terra.
Caso a missão dê certo, terá uma oportunidade única de estudar o gelo marciano – que tem, além de dióxido de carbono, também água, como seus componentes. Mais que isso, sensores poderão procurar, em meio a essas pedras congeladas, substâncias orgânicas. Seria o próximo passo na busca por vida no planeta vermelho, depois que os jipes Spirit e Opportunity constataram que Marte já teve grandes quantidades de água corrente em sua superfície — um dos sinais para identificar a habitabilidade de um mundo, segundo os astrobiólogos. (Fonte: G1)