Descoberta nos EUA pode lançar luz na ecologia dos dinossauros

Um conjunto de ossos de dinossauro bem preservados, árvores petrificadas e até moluscos recentemente descoberto no sudeste do estado de Utah, nos Estados Unidos, fornece pistas sobre como era a vida na região há 150 milhões de anos.

O Bureau of Land Management (BLM) anunciou o achado na segunda-feira (16), chamando a escavação de “uma grande descoberta de fósseis de dinossauros.”

A escavação revelou pelo menos quatro saurópodes – que têm pescoço longo, rabo longo e são herbívoros – e dois carnívoros, de acordo com o bureau. O trabalho pode ter encontrado, também, um estegossauro herbívoro.

Buracos cavados por animais e troncos petrificados de árvores de quase dois metros de diâmetro foram encontrados nas proximidades. O sítio arqueológico não tem nenhuma espécie nova, mas dá uma chance para que os cientistas aprendam mais sobre a ecologia daquele tempo, disse Scott Foss, paleontólogo do BLM.

Os dinossauros fossilizados são do mesmo período Jurássico que os no Dinosaur National Monument, que fica na divisa entre Utah e Colorado.

Pode levar mais de uma década até que a importância das escavações de Hanksville seja conhecida, disse Foss. “Ele tem o potencial para se igualar a outros sítios importantes de Utah”, acrescentou.

O sítio, de 45 por 185 metros, foi escavado por uma equipe do Burpee Museum of Natural History de Rockford, Illinois. Representantes do museu visitaram o local por cerca de uma semana no verão passado, e voltaram neste ano para uma escavação de três semanas.

O local é conhecido há tempos pelos moradores locais e por representantes do BLM como um paraíso de dinossauros. No entanto, ninguém sabia da magnitude do sitio até o início das escavações.

Os ossos foram encontrados no canal de um antigo rio. “A preservação desses dinossauros é excelente”, disse Foss.

A mistura de dinossauros, árvores e outras espécies na área pode ajudar cientistas a entender como era a vida de 145 milhões de anos a 150 milhões de anos atrás, incluindo detalhes sobre o clima da época, acrescentou Foss.

O BLM planeja fechar a área para conduzir uma avaliação ambiental para o trabalho contínuo na área. A agência não fornece o local exato dos achados devido a preocupações com segurança. (Fonte: Estadão Online)