Vários estudos têm registrado que a circunferência abdominal ou a circunferência da cintura, indicadores de distribuição da gordura corporal, estão diretamente associadas à ocorrência de doenças metabólicas e cardiovasculares, dentre estas a hipertensão arterial. Nesse sentido, Maria Helena Hasselmann e equipe da Universidade do Estado do Rio de Janeiro resolveram estimar a prevalência de hipertensão arterial segundo estratos de circunferência abdominal (CA) e índice de massa corporal (IMC, em kg/m²) em uma população de funcionárias públicas da universidade.
Para tanto, foram analisados os dados de 1.743 mulheres não grávidas com idade entre 24 e 69 anos. Mulheres que apresentavam pressão sangüínea sistólica > 140mmHg ou diastólica > 90mmHg ou faziam uso de medicação anti-hipertensiva foram consideradas hipertensas. De acordo com artigo publicado na edição de maio de 2008 dos Cadernos de Saúde Pública, “índices antropométricos distintos, em particular o índice de massa corporal (IMC) para classificação de sobrepeso e obesidade, têm sido utilizados para avaliar a associação entre excesso de peso e morbidade cardiovascular. No entanto, ainda que seja uma excelente medida de obesidade, o IMC não considera a variação na distribuição da gordura corporal”.
Os resultados mostram que mulheres com índice de massa corporal normal mas com valores elevados de circunferência abdominal apresentaram o dobro da prevalência de hipertensão arterial do que aquelas com circunferência abdominal (Fonte: Agência Notisa)