O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, Renato Opitz, afirmou que quando se considera o tamanho do mercado consumidor brasileiro, que engloba toda a parte de acessórios e serviços, “se chega a um valor bem mais expressivo, algo em torno de R$ 2,5 bilhões”.
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais funciona desde 2003 no Ministério da Agricultura e é composta por representantes dos segmentos público e privado. Ela foi criada oficialmente em janeiro de 2006.
Opitz disse que nos últimos anos o setor experimentou grande melhoria em termos de tecnologia de produção. “Não é só a área de produção que está se expandindo, mas a produtividade tem melhorado muito”.
A produção de flores e plantas ornamentais é feita em estufas, em ambientes de cultivo protegido, onde se consegue controlar a luz, a temperatura, a umidade e a luminosidade, fatores importantes para a produção. Além disso, a produção de flores se dá durante os 12 meses do ano, sem interrupção.Para Optiz, há também uma melhoria da disponibilidade de novas variedades e plantas e flores pesquisadas no Brasil e vindas do exterior.
O país possui atualmente 8 mil produtores de pequeno, médio e grande portes. O principal estado produtor é São Paulo, que corresponde a mais de 70% da produção nacional de flores. Em seguida, aparecem Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Outros estados do Nordeste, como Alagoas, Pernambuco e Bahia, já começam a ampliar a produção de flores, principalmente tropicais, disse o presidente da câmara setorial.
Levantamentos recentes mostram que o setor de flores e plantas ornamentais gera cerca de 200 mil empregos diretos no Brasil, abrangendo produção e comércio no atacado e varejo.
A expectativa para 2008 é de crescimento de 6% a 7% no mercado interno. Opitz afirmou que com a reativação da economia nos últimos anos, tem crescido a demanda por flores e plantas no mercado nacional. “E não só flores e plantas para floriculturas e decoração, mas, principalmente, plantas ornamentais para projetos paisagísticos. Esse é um setor que está crescendo muito”. Ele lembrou que a comercialização em supermercados e shoppings tem facilitado o acesso de outra faixa da população a esse tipo de produto.
Segundo Optiz, o tamanho do mercado interno justifica a concentração do consumo no país. Isso não ocorre com outros grandes produtores latino-americanos de flores e plantas, como Colômbia e Equador, cujos mercados domésticos são muito pequenos. Cerca de 90% da produção desses países são exportados. A vantagem que eles apresentam em relação ao Brasil é a de estar mais próximos do principal mercado comprador, que é o dos Estados Unidos. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)