Segundo os pesquisadores do Centro de Oncologia Integral da Universidade Estadual de Ohio, esta é a primeira vez que se constata uma causa conclusiva do câncer de cólon.
A descoberta, que se deu através de uma análise de 138 pacientes com câncer colo-retal, poderia proporcionar aos oncologistas uma nova forma de identificar as pessoas que correm um alto risco de sofrer essa doença, dizem os cientistas.
Em todo o mundo, são diagnosticados anualmente mais de um milhão de casos de câncer colo-retal e, nos Estados Unidos, a doença causa a morte de cerca de 50 mil pessoas a cada ano.
Os genes do fator beta de transformação do crescimento, mais conhecidos como TGFBR1, normalmente ajudam a prevenir o câncer.
Cada pessoa herda um gene do pai e outro da mãe e as duas cópias geralmente desenvolvem a mesma atividade para produzir o TGFBR1.
No entanto, em algumas pessoas um desses genes é menos produtivo que o outro, segundo revelou o estudo.
“O fato de termos visto uma diferença anormal na expressão genética em pelo menos 10% dos pacientes de câncer de cólon e em muito poucas pessoas sem a doença sugere que (a disfunção genética) desempenha um importante papel” no câncer colo-retal, diz Albert de la Chapelle, um dos pesquisadores.
A diferença na expressão genética parece aumentar nove vezes o risco de uma pessoa sofrer de câncer de cólon, acrescenta Chapelle.
Segundo o cientista, se for confirmada a relação entre a irregularidade genética e a doença, familiares dos doentes devem ficar atentos, pois podem tê-la herdado. (Fonte: Estadão Online)