As imagens de dois machos adultos serviram aos cientistas para determinar a presença de uma nova população, até agora desconhecida, destas panteras em uma área do parque nacional de Sebangau, antes ameaçada pelo desmatamento ilegal.
Os pesquisadores da unidade de investigação para a conservação da natureza da Universidade de Oxford, que realizaram o estudo, afirmaram que as imagens fornecem um pouco mais de informação sobre o comportamento e costumes da pantera.
Os especialistas esperam poder aumentar a pouca informação que têm sobre esta espécie no futuro, e por enquanto consideram que sua presença é um bom indicador da riqueza na região, já que estes felinos precisam de outros animais para sobreviver.
“A pantera-nebulosa de Bornéu é o maior predador da ilha, e se o maior predador sobrevive em uma antiga área de desmatamento, isso significa que o resto das espécies está se recuperando”, disse a zoóloga britânica Susan Cheyne.
Este felino, classificado de espécie própria em 2006 após análises de DNA da qual quase não se têm dados, é próprio das ilhas indonésias de Bornéu e Sumatra, e das ilhas Batu, na Malásia.
Hoje em dia, a espécie figura como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Mundial para a Natureza (IUCN), e se calcula que a população dos felinos beire os 10 mil.
A Indonésia é um dos países com maior biodiversidade terrestre e marinha do mundo, mas seu meio ambiente está gravemente ameaçado pelo desenvolvimento econômico e demográfico incontrolados. (Fonte: Estadão Online)