O delegado Jorge Eduardo explicou que o esquema consistia na utilização de “laranjas” para consolidar as fraudes. Os “laranjas” tinham seus nomes usados por contadores e madeireiros para a abertura das empresas fantasmas. Ainda de acordo com Aguiar, as madeireiras foram abertas entre os anos de 2003 e 2008 e fraudavam os sistemas de controle de exploração de produtos florestais, como créditos e guias florestais para o transporte ilegal de madeira.
Foram presos o madeireiro Adailton Bezerra Aguiar e o contador Pedro Castelo Branco, que seria um dos líderes do esquema. Em alguns casos, os “laranjas” não tinham conhecimento das fraudes da quadrilha. Os acusados serão indiciados por falsidade ideológica, formação de quadrilha, utilização de documento falso e falsificação de documento particular para derrubar a floresta amazônica.
A investigação da PF começou há um ano. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) produziu um relatório baseado em denúncia de uma das vítimas da quadrilha. O denunciante descobriu que era sócio de uma das madeireiras ao receber um comunicado de multa em sua residência. (Fonte: Carlos Mendes/ Estadão Online)