O secretário da pasta, Valmir Ortega, disse que os prefeitos e vereadores têm pouca influência na fiscalização, já que ela normalmente é feita por órgãos federais e estaduais. “As operações continuaram acontecendo normalmente”, afirmou.
Segundo ele, a maior prova de que o pleito não influiu no desmatamento em agosto é que o total da área derrubada no Pará neste ano deve ser menor do que o do ano passado, quando não houve eleições.
Se em 2007 foram cerca de 5.000 quilômetros quadrados de mata derrubada no Estado, os sistemas haviam detectado, até o meio do ano, 1.500 quilômetros quadrados.
“Essa comparação mês a mês é ingrata”, falou Ortega. “Para as pessoas que achavam que iria haver uma explosão do número neste ano, digo que conseguimos conter esse índice.”
Para ele, o aumento em agosto está relacionado à maior exposição do Pará (ligada à menor cobertura de nuvens) e à época da seca na Amazônia, quando o desmate tende a crescer.
“Mas é possível que muito do que se está vendo agora já tenha sido derrubado antes, em março ou abril (quando a maior parte do Pará não estava visível pelos satélites)”, afirmou. “Por isso temos números tão díspares entre um mês e outro.”
O que mudou, segundo ele, nessas novas aferições é o reaparecimento de uma grande concentração da devastação em poucas áreas. (Fonte: João Carlos Magalhães/ Folha Online)