O trabalho avaliou prontuários médicos de 265 pessoas, com idade média de 68 anos, que sofreram um derrame cerebral. As pessoas que já se exercitavam antes do derrame tiveram 2,5 vezes mais chances de sofrer um evento menos severo em relação ao outro grupo.
“Exercício é um fator de risco para derrame possível de ser controlado. Estar em forma não significa estar em uma academia de ginástica. Para as pessoas que participaram desse estudo, exercícios incluíam trabalho em casa, caminhadas na rua, jardinagem ou participação em alguma atividade esportiva”, explica o autor do estudo, o neurologista Lars-Henrik Krarup, da Universidade de Copenhague (Dinarmarca).
Segundo a neurologista Sônia Bruck, da Academia Brasileira de Neurologia, a conclusão do estudo reforça o que os neurologistas já percebiam na prática clínica.
“Os exercícios propiciam um fortalecimento osteomuscular. Também levam os idosos a terem uma noção corporal mais apurada, ou um domínio melhor sobre o corpo. Isso, sem dúvida, tem impacto na recuperação e na reabilitação após um derrame”, afirma a neurologista. (Fonte: Cláudia Collucci/ Folha Online)