“O próximo mês (setembro) vai ficar abaixo da média dos últimos três meses, que foi de 650 quilometros quadrados”, disse Minc a jornalistas, depois de participar da primeira reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no centro do Rio de Janeiro.
“Isso não me alivia porque queremos desmatamento zero. Mas os dados preliminares mostram uma queda, mas eles só serão divulgados pelo Inpe no dia 29”, afirmou o ministro.
Ao falar sobre o Fundo Amazônia, Minc disse não esperar que a atual crise nos mercados financeiros prejudique a injeção de recursos no fundo, e acrescentou que deve anunciar em breve o nome de empresas que farão doações. Até agora somente o governo da Noruega anunciou compromisso de doar 1 bilhão de dólares para o fundo até 2015.
“Existem muitas empresas que já manifestaram interesse. Em dezembro na Polônia, numa conferência internacional, devemos anunciar duas ou três empresas doadoras”, disse.
Minc citou companhias como Petrobras, Wal-Mart e AES como algumas das interessadas em aderir. “São empresas que querem associar seus nomes e suas imagens à proteção da Amazônia.”
Minc acrescentou que muitos países e empresas aguardavam a formalização do Comitê Orientador e as diretrizes desse comitê para aderir ao fundo.
O comitê será formado por nove Estados da Amazônia legal, oito ministérios e representantes da sociedade civil. Os financiadores do fundo não terão assento.
O diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, disse que, paralelamente às iniciativas do Ministério do Meio Ambiente, o BNDES fará road shows para promover o fundo no exterior.
“Vamos usar a nossa rede do sistema financeiro internacional para fazer road shows. Já conversamos com Japão, França e Europa”, disse o executivo, que prevê para o ano que vem o primeiro desembolso do fundo. (Fonte: Estadão Online)