No total, as áreas protegidas do País somam 80 milhões de hectares, o equivalente a três estados do tamanho de Sergipe. Nelas vivem 45 mil brasileiros. Hoje, apenas 5,3 % das áreas de preservação do País têm infra-estrutura necessária para sua administração. Na Amazônia Legal, por exemplo, somente a Flona do Tapajós, no Pará, é classificada pelo Instituto como tendo as necessárias condições para garantir sua sustentabilidade. Levantamento do Instituto aponta que o custo médio de manutenção de uma unidade fica em torno de R$ 570 milhões por ano.
A meta para os próximos seis anos é consolidar 60 unidades de conservação e dotar outras 50 de condições mínimas de serem administrados. Além dos recursos de custeio previstos pelo orçamento, da ordem de R$ 140 milhões anuais, o Instituto espera contar com repasses das compensações ambientais, de instalação de hidrelétricas e do Fundo da Amazônia. A projeção é que possam ser disponibilizados recursos de R$ 3 milhões de reais para a manutenção e custeio dos parques. O ICMBio deverá incluir ainda entre as possíveis fontes de financiamento, o dinheiro de multas, taxas de visitação e concessões de exploração sustentável de florestas nacionais, uma das fontes de madeira certificadas. Nas previsões não estão incluídos recursos para a regularização fundiária dos parques, que ainda estão sendo avaliadas pelo MMA.
O projeto prevê também a criação de novas unidades de conservação. A primeira depende apenas da assinatura do presidente Lula. É a de Serra da Meruoca, no Ceará, a UC de número 300. Segundo Minc, está prevista ainda para este ano a criação da reserva extrativista de Cassurubá, em Caravelas, região próxima ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia. (Fonte: Paulenir Constancio/ MMA)