A tradição de fogos de artifício no Ano Novo tem popularidade mundial, mas pode agravar problemas respiratórios como a asma, porque seu tiro libera quantidades de substâncias químicas no ar. A afirmação é de um estudo da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria.
Segundo o site “New Scientist”, pesquisadores australianos analisaram amostras de neve antes e depois da festa de Ano Novo no vilarejo de Saalbach, em seu país natal.
Fogos de artifício contêm bário, elemento que dá a coloração verde e vermelha quando estouram. Os cientistas queriam encontrar resquícios do metal em flocos de neve porque, segundo o estudo, caso estivessem lá, significaria que as partículas do metal também estariam presentes na fumaça dos fogos de artifício -logo, sendo inaladas por espectadores.
“Nós encontramos amostras de bário na neve”, disse o pesquisador. As concentrações eram 500 vezes mais altas do que amostras antes dos disparos. O bário constringe as vias respiratórias, agravando sintomas da asma e da bronquite, aponta a pesquisa.
Os pesquisadores estão desenvolvendo novos modelos de fogos de artifício, baseados em oxigênio para combustão, livres de bário e de perclorato como oxidante para combustão pirotécnica. O perclorato pode contaminar as fontes de água, prejudicar o funcionamento da glândula tireóide e afetar fetos.
(Fonte: Folha Online)