Quatro funcionários são suspeitos de furtar aves do zoológico do Rio de Janeiro

A Polícia Civil ouviu na tarde desta sexta-feira (6) quatro funcionários do Rio Zoo suspeitos de furtar aves da instituição. Mais cedo, policiais da 17ª DP (São Cristóvão) resgataram uma arara-canindé e um papagaio-do-mangue em um sítio em Itaboraí, na região metropolitana do Rio.

“Eles negociaram cada ave por R$ 600. O valor real da arara-canindé varia entre R$ 25 mil e R$ 35 mil. Já o preço do papagaio-do-mangue sai em média R$ 4.000”, afirmou o chefe de inteligência da 17ª DP, Marco Antônio Carvalho.

Segundo ele, seguranças e tratadores de animais do zoológico estão entre os suspeitos. “Vou pedir a prisão deles na segunda-feira (9)”, afirmou.

Três aves ainda estão desaparecidas, mas a polícia disse acreditar que os suspeitos detidos não tenham participado dos outros furtos.

“Eles abriram o jogo durante o interrogatório na sexta-feira e confessaram o furto das duas aves. Segundo a investigação, as outras (aves) foram furtadas por outro grupo, mas ainda estamos apurando”, afirmou Carvalho.

De acordo com a polícia, as aves resgatadas no sítio não estavam maltratadas. Um biólogo do Rio Zoo já levou os animais de volta para o zoológico.

O RioZoo informou que um advogado acompanhou os depoimentos. Não foi informado, porém, se ele defenderá os suspeitos.

Furto – O Rio Zoo registrou o desaparecimento das aves após uma contagem no dia 2 de janeiro. A instituição registrou a falta de cinco espécies nativas: três papagaios-do-mangue e uma arara-canindé foram retirados de dois viveiros de exposição e um araçari-banana, recém-chegado, que estava de quarentena em um consultório veterinário dentro do zoo. (Fonte: Diana Brito/ Folha Online)