A descoberta, publicada em “Biology Letters”, defende a ideia de que a vigilância não é uma busca solitária, e que as gaivotas monitoram e copiam o estado de alerta dos pássaros vizinhos. Isso as ajuda a permanecer sensíveis ao risco de predadores e assegura que não serão deixadas para trás no caso de algum ataque.
Beauchamp observou gaivotas-de-delaware e gaivotas-prateadas, na Baía de Fundy, em grupos de até 100 pássaros nos chamados locais de descanso, onde os pássaros ficam de pé para observar o território, limpam-se ou dormem. Mas, mesmo dormindo, as gaivotas ocasionalmente abrem seus olhos. Após controlar por tamanho de grupo e densidade, Beauchamp descobriu que no mesmo grupo, gaivotas com vizinhos alertas passavam cerca de 20% a menos de tempo dormindo do que aquelas com vizinhos menos alertas.
Beauchamp ainda aponta que pesquisas recentes, sobre pássaros e outros animais, mostram que nas estratégias para buscar alimento e procriar, indivíduos reúnem informações de decisões tomadas por outros membros do grupo e tomam suas próprias decisões com base nessas informações. Suas descobertas sugerem que o mesmo ocorre com a vigilância – um pássaro aprende, olhando seus vizinhos, quão alerta ele precisa estar. (Fonte: G1)