O diretor de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme, que abriu o encontro, afirmou que a intenção da operação é complementar as ações de comando e controle que têm provocado redução do desmatamento ilegal na Amazônia. “Sabemos que só a repressão não estrutura um outro modelo de produção que venha a substituir esse modelo predatório”, reafirmou.
Segundo ele, o governo federal, estados e municípios devem desencadear uma ação integrada para mapear os problemas de cada município da lista, para apontar soluções. “Muitas vezes o próprio governo federal atua de forma desintegrada, queremos reverter isso e fazer a coordenação das políticas públicas para que sejam mais efetivas”, destacou.
De acordo com Neilton Marques, presidente do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas), levantamento do governo do Amazonas revelou que mais de 50% do desmatamento atual no estado ocorre em pequenos e médios terrenos de até 50 ha localizados nas margens das rodovias, de estradas vicinais clandestinas que se interligam com rodovias oficiais, e de rios com vias navegáveis. Segundo ele, o pico do desmatamento se dá entre os meses de julho e outubro, período de estiagem. Neilton informou, também, que o estado está criando mosaicos de unidades de conservação com o objetivo de amortecer os impactos da agropecuária. “Hoje 50% do estado é de áreas protegidas, são 17 milhões de hectares”, disse.
O seminário será realizado nesta segunda-feira (16) em Porto Velho, Rondônia. A ideia é discutir propostas para coibir o desmatamento ilegal na região e estimular a implementação de um novo modelo de desenvolvimento que priorize a sustentabilidade. (Fonte: Daniela Mendes/MMA)