A idéia é criar uma rede de pesquisas para descobrir novas fórmulas para sabonetes, xampus, cremes e óleos usando a floresta como matéria-prima. Para poder receber parte dessa verba, os projetos de pesquisa terão que abarcar cientistas de pelo menos três estados participantes.
“Temos insumos de sobra, mas não temos geração de conhecimento suficiente sobre essa biodiversidade riquíssima. E também não temos produção de conhecimento que gere produtos”, explica Odenildo Sena, presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Sena reclama que a maior parte dos produtos da floresta é vendida para fora como matéria-prima, gerando pouca riqueza para a região. “A andiroba, por exemplo, é exportada aos tubos. Mas esses produtos saem por um preço irrisório. Não tiramos proveito.”
Com a rede de pesquisa, a expectativa é gerar produtos que possam ser fabricados por micro e pequenas empresas locais. Para que isso ocorra logo, foram escolhidos quatro insumos que já são largamente utilizados pela população local, e que têm um bom potencial para se transformar em cosméticos. (Fonte: Iberê Thenório/ Globo Amazônia)