O acordo foi firmado entre o governo federal, organizações ambientalistas, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), para evitar que a soja estimule o avanço da devastação no bioma.
Pela moratória, as empresas que negociam soja se comprometem a não comprar a produção de fazendas que se localizem na área monitorada.
Ao todo, as áreas plantadas correspondem a 13,84 km² de um total de 1578,96 km² monitorados. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, considerou o número “extraordinário”, segundo nota divulgada por sua pasta. O fato de menos de 1% da área desmatada recentemente ter sido ocupada por este tipo de cultivo indica, segundo Minc, que “a soja deixou de ser fator determinante do desmatamento da Amazônia”.
Em 2008, não foi encontrada nenhuma área com plantio de soja, mas a área monitorada foi menor – 498,09 km².
A Abiove também afirma que os dados indicam que a expansão da produção da soja é muito baixa naquela região. “As principais empresas comercializadoras de soja e suas associações (Abiove e Anec) confirmaram que não vão adquirir a produção oriunda de áreas desmatadas após julho de 2006 localizadas no bioma Amazônia”, diz nota da associação das indústrias de óleos.
A empresa contratada informa que, para fazer o monitoramento, fez sobrevoos e visitas de campo a todas as áreas desmatadas para identificar o tipo de uso e ocupação do solo. As áreas foram fotografadas e documentadas. Também foram utilizadas bases de dados oficiais da Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A “Moratória da Soja” inclui alguma das maiores empresas do setor, como Cargill, Bunge, ADM e Amaggi. (Fonte: G1)