O médico recomenda que as pessoas prestem atenção aos seus hábitos de higiene. “A lavagem das mãos deve ser intensificada, porque uma das formas de transmissão desse vírus é por contato”, afirmou.
Vacina – Migowski explica ainda que é indicado tomar a vacina contra a gripe. A vacina não evita a gripe suína, mas diminui bastante a preocupação de quem apresentar sintomas. “Hoje, se alguém fica gripado, não vai saber se é a gripe comum ou se seria a gripe suína”, afirmou.
A vacinação tem outra vantagem, de acordo com Migowski, que é diminuir a circulação do vírus selvagem – da gripe comum – com a possibilidade desse vírus sofrer uma nova mutação e mudar o perfil da doença.
A principal suspeita dos especialistas é que a doença seja provocada por uma mescla de vírus influenza com características do vírus da gripe aviária, suína e comum, com uma letalidade maior. “O vírus da gripe comum mataria duas pessoas em cada cem mil indivíduos saudáveis. Essa gripe está matando seis pessoas em cada cem indivíduos saudáveis. Portanto, a transmissão tem que ser reduzida ao máximo, porque poderemos ter problemas de magnitude maior do que aqueles causados pela gripe espanhola.”
Para o médico, o fato de a Rússia ter suspenso a importação de carne e derivados do México foi uma medida exagerada. “Se você tiver contato com os suínos vivos e com a carne e não fizer uma boa higiene, comer a carne crua por exemplo, isso poderia causar algum problema. Mas não em uma carne que foi resfriada ou cozida, pois a carne de porco não se come crua”, disse.
De acordo com Migowski, os sintomas da gripe suína são semelhantes aos de uma gripe comum. Os principais sintomas são mal-estar, febre, calafrios e pode levar à morte.
Gabinete de emergência -O governo federal criou um gabinete de emergência contra a gripe suína com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios da Saúde e da Agricultura. O grupo deve se reunir diariamente para acompanhar a evolução da doença.
Passageiros que chegam ao Brasil vindos do México e dos Estados Unidos serão monitorados para evitar uma possível contaminação. (Fonte: G1)