Macacos ameaçados de extinção são soltos no Passeio Público em Curitiba/PR

Quatro macacos monocarvoeiros, espécie brasileira extremamente ameaçada de extinção, foram soltos em uma das ilhas do Passeio Público, em Curitiba, na quarta-feira (13). Os macacos ficaram agrupados em recinto cercado, dentro da própria ilha, por dois meses, enquanto durou a limpeza do maior do lago do Passeio.

“Foi uma estratégia para a segurança dos animais. Sem a água, eles poderiam escapar com facilidade da ilha”, diz o diretor do Zoológico, Marcos Traad. No recinto cercado permanecem oito macacos-aranha, que vivem na ilha vizinha a dos monocarvoeiros. Na próxima semana, quando o nível do lago voltar ao normal, os macacos-aranha serão soltos.

Funcionários do Zoo vão monitorar os macacos monocarvoeiros nos primeiros dias da volta à ilha. Antes de serem soltos, foi aplicado um microchip (identidade eletrônica) no monocarvoeiro mais jovem. Os demais já estão com o chip, onde são cadastrados todos os dados do animal, o que facilita a identificação em caso de fuga.

Monocarvoeiros – Os monocarvoeiros vivem em semiliberdade na ilha do Passeio Público desde 1997, quando o primeiro casal da espécie chegou à cidade. A ilha, com cerca de 800 metros quadrados, é coberta de árvores e vegetação, que ajudam na alimentação da espécie, que tem preferência por folhas.

O Zoológico de Curitiba é considerado um sucesso em casos de reprodução de monocarvoeiros. Foram seis reproduções dentro do Passeio Público de Curitiba desde a vinda do primeiro casal. “É um dos poucos do país que conseguem reprodução em cativeiro desta espécie de primata tipicamente brasileiro, e um dos motivos pode ser a ilha onde eles vivem”, diz a bióloga da Prefeitura Tereza Cristina Margarido.

Lagos – A Prefeitura terminou nesta semana a limpeza dos três lagos artificiais do Passeio Público. O trabalho começou em fevereiro. Os lagos foram um a um esvaziados, o lodo removido e o fundo e as laterais passaram por limpeza a jato d’água. Agora, serão acionados os cinco filtros instalados para manter a qualidade da água por mais tempo. (Fonte: Gazeta do Povo/PR)