A contribuição da Alemanha deve chegar a 18 milhões de euros, o que equivale a cerca de US$ 30 milhões, de acordo com o superintendente da Área de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Sergio Weguelin. “Esse é um valor inicial”, observou.
Até agora, o Fundo Amazônia tem assegurados US$ 110 milhões do governo norueguês. A Noruega se comprometeu a doar igual valor por ano para a preservação da região amazônica, até completar US$ 1 bilhão em 2015.
Outros países já demonstraram interesse em contribuir para o fundo, mas ainda não há negociações concluídas.
De acordo com o coordenador do Fundo, Eduardo Bandeira de Mello, também chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, há, também, a possibilidade de o Fundo Amazônia contar com doações de empresas e, até, de pessoas físicas.
Sergio Weguelin informou que esse processo de captação deverá ser iniciado pelo banco no próximo ano, inclusive no exterior. “Mas, só depois que o fundo estiver com um mínimo de histórico operacional, é que a gente vai mostrar como ele se estruturou, como está operando, para os futuros doadores.”
Na última sexta-feira (29), foi realizada a primeira reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), com 24 participantes, para discutir as estratégias e os possíveis projetos e ações.
Weguelin disse que a meta de arrecadação vai depender da redução do desmatamento na Amazônia. Se as reduções planejadas forem alcançadas no ritmo esperado, ele estima que haveria capacidade de captar cerca de US$ 17 bilhões até 2017.
Eduardo Bandeira de Mello afirmou que o BNDES já tem cerca de 30 projetos em perspectiva e nove cartas-consulta formalizadas, dentro do bioma amazônico ou que venham a beneficiá-lo, envolvendo nove estados brasileiros que fazem parte da Amazônia Legal.
Sergio Weguelin lembrou que 20% dos recursos do fundo poderão ser usados em outros biomas, inclusive em outros países, “desde que se destinem a projetos de controle e monitoramento das florestas”.
Os primeiros desembolsos estão previstos para ocorrer nos próximos três meses. “Depois, entra em ritmo de cruzeiro, entrando e saindo todo mês”, afirmou o superintendente. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)