O Setor de Fauna da Gerência Executiva – Gerex do Ibama em Santarém levantou informações de que havia caça na região, tendo em vista que os animais estão no período de reprodução, que vai da segunda quinzena de julho até o final de agosto, e se aproxima o período de desova, que ocorre em novembro. Tabuleiros são localidades da região amazônica onde ocorre a desova de quelônios e o Ibama é o responsável pela segurança desses locais desde o período da desova até a eclosão dos filhotes. O maior tabuleiro do país é o de Monte Cristo, onde ocorre a maior produção de filhotes.
Dentro da Operação Bajara, os fiscais que fazem o patrulhamento dos rios amazônicos de competência da Gerex/STM, entre eles o Tapajós, recolheram 25 espinhéis que chegavam a 300 metros. Ao retirarem os petrechos do rio, encontravam os animais, alguns mortos. “Os que engolem os anzóis geralmente morrem”, disse o analista ambiental do Ibama, Bruno Iespa, que acompanhou a ação. Os animais apreendidos foram entregues ao Jardim Zoológico das Faculdades Integradas do Tapajós, em Santarém, onde passarão por tratamento e reabilitação.
Iguaria muito apreciada na Região Norte, as tartarugas gigantes do Amazônia são oferecidas como pratos sofisticados em restaurantes de Manaus, que adquirem os animais de criadores legalizados. Segundo Iespa, na região do tabuleiro, as tartarugas vivas são comercializadas por valores entre R$ 30,00 e R$ 50,00. As mortas são consumidas pelos próprios caçadores.
O Ibama alerta que a caça de animais silvestres é considerada crime ambiental, passível de multa e de prisão. (Fonte: Ibama)