Segundo o especialista, que esteve na quarta-feira (29) em São Paulo para dar uma palestra e aulas para os médicos da Faculdade de Medicina da Santa Casa, as primeiras doses da vacina para combater o vírus Influenza (H1N1) devem ficar prontas ainda em outubro. “O mais importante é ter etiqueta ao tossir e evitar sair de casa se apresentar os sintomas. Os estudos mostram que a contaminação acontece pouco pelas mãos e superfícies”, disse.
“Os estudos serão finalizados em setembro e as primeiras doses deverão ficar prontas em outubro. Entretanto, será muito pouco e só em 2014 teremos doses suficientes para atender toda a população mundial”, afirmou.
De acordo com Reingold, enquanto as vacinas não estiverem disponíveis em grande escala, os profissionais de saúde, policiais, militares e bombeiros deverão ser os primeiros da lista a tomar o novo medicamento. Entretanto, não se sabe ainda se a vacina terá eficácia, já que os estudiosos esperam que o vírus mude geneticamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) planeja adquirir 150 milhões de doses para países em desenvolvimento, de acordo com o especialista.
Reingold afirmou também que o vírus H1N1 foi responsável pela morte de 40 a 50 milhões de pessoas no mundo em 1918, quando o planeta teve o primeiro contato com aquela que ficou conhecida como gripe espanhola. “Naquela época, a maioria das mortes ocorreu nas faixas etárias de 20, 30 e 40 anos. Não entendemos porque crianças e idosos, que são suscetíveis à gripe comum, não são tão atingidos por este vírus.” Reingold explicou ainda que pessoas com idade superior a 60 anos tem maiores respostas de imunidade à nova gripe por já terem tido contato com vírus semelhantes no passado.
O especialista disse ainda que o medicamento Tamiflu pode ser eficaz no combate à nova gripe desde que seja aplicado nos dois primeiros dias da doença, mas que “o principal ainda é a prevenção”. “No Japão, por exemplo, as crianças não foram à escola e o país teve uma resposta positiva. Mas no Estados Unidos esta medida não adiantou. Já na China, quando a pessoa está doente, um policial fica na porta de sua casa para garantir que não saia”, afirmou. (Fonte: Ivy Farias/ Agência Brasil)