Vacina contra gripe suína deve estar pronta em setembro, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta quinta-feira (6), que os primeiros lotes de vacinas contra a gripe suína devem estar licenciados e prontos para a imunização da população já no mês de setembro.

Em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, a diretora de Pesquisa de Vacinas da OMS, Marie-Paul Kieny, afirmou que alguns laboratórios já produziram lotes iniciais da vacina e que testes clínicos já estão sendo realizados.

A informação já havia sido confirmada por Kieny em uma entrevista à BBC Brasil no último mês de julho.

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Durante a entrevista desta quinta-feira, Marie-Paul Kieny também afirmou que as vacinas contra o vírus da influenza A (H1N1) serão “seguras”, já que serão feitas a partir de uma “tecnologia antiga e testada”.

Segurança – Nos últimos meses, alguns especialistas levantaram dúvidas a respeito da segurança deste tipo de imunização, já que, em 1976, após uma campanha de vacinação contra a gripe suína nos Estados Unidos, alguns pacientes desenvolveram uma rara condição neurológica conhecida como Síndrome de Guillain-Barré.

Na época, cerca de 500 pessoas foram afetadas pela síndrome – que causa uma paralisia temporária e pode ser letal – depois de terem sido vacinadas.

De acordo com Kieny, no entanto, a “qualidade do controle de vacinas atualmente é muito maior que há 30 anos”.

Além disso, as agências regulatórias dos diversos países irão monitorar qualquer reação adversa, ressaltou.

Brasil – Embora os primeiros lotes já devam estar prontos em setembro, de acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é de que as primeiras vacinas só cheguem ao Brasil no final do ano.

Segundo o ministério, o governo comprará 1 milhão de doses de vacina contra a gripe suína que estarão prontas para uso em dezembro.

Outras 17 milhões de doses serão produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e estarão disponíveis no primeiro semestre de 2010, para imunizar a população contra uma possível segunda onda da doença.

Ainda não foram definidos quais serão os grupos populacionais que serão priorizados na vacinação. (Fonte: Estadão Online)