Muitos hospitais paulistanos registraram uma diminuição na procura por atendimento de pacientes com sintomas de gripe. O Hospital Israelita Albert Einstein atendia, no início do mês, cerca de cem pacientes por dia com síndrome gripal. Na última semana, a média caiu para 60. No Hospital Sírio-Libanês, a queda estimada foi de 30%. No Rio Grande do Sul, técnicos da secretaria estadual afirmam que houve uma redução de 26,7% nas notificações de casos suspeitos na primeira semana de agosto em relação à última de julho.
O movimento nos centros estaduais de referência para atendimento da gripe no Rio de Janeiro caiu 30% em relação às duas primeiras semanas de julho. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde alerta que ainda não é possível avaliar se a epidemia está regredindo. Segundo técnicos, a queda na procura por atendimento pode estar relacionada à elevação da temperatura na última semana.
De acordo com David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, a fase aguda da epidemia ocorre depois de três a quatro semanas após o registro dos primeiros casos. “O plano de contenção do Ministério da Saúde adiou a fase aguda para 80 dias depois dessas notificações iniciais.” Segundo ele, isso contribuiu para que o índice de letalidade da nova gripe seja menor no Brasil do que em outros países. “Estamos mais próximos do fim do inverno e da chegada da vacina”, explica, acrescentando que a pandemia deve ter duração de três a quatro meses. (Fonte: Estadão Online)