A companhia, que lançou a ideia em fevereiro, estabeleceu uma divisão que vai desenvolver tanto o lançamento de um foguete de satélites quanto clientes para viajar nele.
O especialista em propulsão e lançamentos de satélites Adam Baker, da Tecnologia de Satélite Surrey (SSTL, na sigla em inglês), em Guilford (Reino Unido), foi contratado para desenvolver o empreendimento de satélites da Virgin Galactic. Ele já supervisionou a concepção e lançamentos de muitos microssatélites na SSTL, incluindo a Constelação de Monitoramento de Desastres (cinco satélites que monitoram desastres ambientais, como o Furacão Katrina).
Por trás da decisão de avançar no projeto, disse Will Whitehorn, presidente da Virgin Galactic, são animadores os resultados dos testes de voo do WhiteKnightTwo, os quatro aviões motorizados que vão levar a estação turística SpaceShipTwo a uma altura de 15 km antes das últimas separações do foguete lançador.
Alçando voo – A Virgin usará a mesma tecnologia de voos espaciais desenvolvida pela Scale Composites of Mojave, da Califórnia, que venceu o prêmio Ansari X-Prize para obtenção de financiamento privado para a nave espacial reutilizável da linha Karman, em 2004.
Enquanto as embarcações SpaceShipOne tinham lugar para apenas um tripulante, a SpaceShipTwo vai levar seis pessoas. Ela será lançada no dia 7 de dezembro, disse Whitehorn, antes dos testes de lançamento dos foguetes.
Pelo fato do conjunto de aviões WhiteKnightTwo ser desenhado para o lançamento da nave, a expectativa é que ele seja capaz de lançar satélites de maneira similar, usando um foguete dispensável, que pode ser acoplado debaixo dela. Isso ocorreria na órbita baixa da Terra (onde está a Estação Espacial Internacional).
“Esse esforço vai implicar na projeção, construção e comercialização dos lançadores de satélites, em vez dos próprios satélites”, observou Withehorn. “Esperamos ter lançadores de satélites por volta de 2013 ou 2014.”
Redução de custos – O objetivo declarado da Virgin é a redução do custo de satélites pequenos (até 50 kg) que gravitam na órbita baixa da Terra, dos atuais US$ 10 milhões para US$ 1 milhão.
A Virgin tem financiamento para isso. Em julho, Aabar Investments, empresa dos Emirados Árabes, investiu US$ 280 milhões por 32% das operações de lançamento de satélite da Virgin – o que poderia tornar a cidade de Abu Dhabi como um polo lançador de satélites. (Fonte: Folha Online)