Por meio de relatos, de fatos históricos e também de um videogame gigante, as principais epidemias mundiais são apresentadas na exposição francesa Epidemik, que terá estréia nacional no Rio de Janeiro, na próxima terça (20).
O jogo coletivo, montado em um tabuleiro de quase 300 m² e com capacidade para mais de 40 jogadores, simula situações de crise epidêmica. O participante é obrigado e procurar soluções para a prevenção e também o tratamento das doenças.
O videogame simula cinco diferentes cenários. São eles: gripe aviária em Singapura, ataque biológico terrorista em Nova Iorque, malária e Aids na África e na Ásia e, especialmente desenvolvido para o Brasil, a dengue no Rio de Janeiro.
O diferencial da exposição é a interatividade com os participantes e a forma humanizada como é tratado o tema de saúde pública.
“O visitante vai ver depoimentos de pacientes de Aids ou de lepra, por exemplo, de um outro ângulo. Não vai ver microscópio, ele vai se sensibilizar e se informar. Tem mais um olhar humanista do que científico”, explicou Cristina Moscardi, coordenadora executiva da exposição.
Rico acervo
A mostra, que foi inaugurada em Paris e já teve mais de 300 mil visitantes, foi adaptada à realidade brasileira, com a inclusão de epidemias como tuberculose, meningite, malária, dengue, hanseníese e doença de Chagas, que completa 100 anos de descoberta.
A exibição na capital francesa continua, simultaneamente, até 2010. Como a exposição não é itinerante, o trabalho dos organizadores brasileiros foi redobrado.
“A exibição daqui é muito mais rica do que em Paris, já que foi ampliada com as epidemias brasileiras. A mostra é toda em multimídia, de grande complexidade tecnológica”, diz Gisele Catel, curodadora da exposição e antropóloga da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A exposição ainda conta com amplo conteúdo jornalístico, sequências de filmes, gravuras, pinturas, documentos e fotos. A proposta é discutir as condições que favorecerem o surgimento das epidemias, os meios que foram utilizados para combatê-las e o impacto que tiveram sobre a vida das populações.
Os organizadores ressaltam que as descobertas científicas e os avanços na gestão das políticas de saúde pública não são deixados de lado na mostra.
A iniciativa – uma parceria entre a Fiocruz e o grupo Sanofi-Aventis – integra a programação cultural do Ano da França no Brasil. Em 2010, a exposição irá para São Paulo.
Serviço
Entrada franca
Data: de 20 outubro a 24 de novembro
Local: Centro Cultural da Ação da Cidadania (Av. Barão de Tefé, 75 – Bairro da Saúde)
Hoário: das 8h30 às 19h30
Telefone para agendamento de visitas escolares: 3865-2128
(Fonte:G1)