A coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Apucarana, Gelcy Marchine, afirmou que a constatação foi determinante para suspender as aulas por uma semana em escolas e creches onde ocorreu a doença. “Isso está acontecendo alternadamente: alguns estão voltando às aulas já na segunda-feira (26) e outros cumprem o período determinado de uma semana, até a quarta-feira (28)”. A medida afetou cerca de 1,5 mil alunos.
Segundo a coordenadora, no período de maior infestação do vírus da nova gripe, as crianças estavam em casa por determinação das autoridades estaduais, o que fez com que elas não desenvolvessem defesas imunológicas. “Como o convívio é muito próximo, pois as aulas são em tempo integral, mesmo com todos os cuidados de prevenção que adotamos é difícil não haver o contágio.”
Entre as medidas adotadas, a prefeitura decidiu também cancelar o Festival de Artes da Rede Estudantil (Fera) e da Educação com Ciência, que seria realizado nos próximos dias.
Em todo o Paraná, são 20.749 casos confirmados por exame laboratorial e por critérios clínicos, sendo que 269 tiveram complicações e morreram.
“A situação está estabilizada. As ocorrências diminuíram com o fim do calor e o número de mortes é proporcional ao de registro de casos. Os estados do Sul, principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os mais suscetíveis ao vírus”, afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, José Lúcio dos Santos.
Santos alerta a população para que mantenha hábitos como lavar as mãos com água e sabão constantemente, evitar aglomerações e manter os lugares bem arejados. “Não podemos esquecer que o vírus ainda está circulando, com maior intensidade agora no Hemisfério Norte. Devemos ficar atentos ao que vai acontecer por lá, como o vírus vai se comportar em relação à disseminação, transmissibilidade, letalidade e eficácia da vacina, porque no próximo inverno poderemos ter situação semelhante”, afirmou.
Para ele, o conceito de gripe tem que ser revisto: “Pessoas com sintoma devem procurar orientação médica e não banalizar a doença, como é típico de nossa cultura.” (Fonte: Lúcia Nórcio/ Agência Brasil)