Após se reunir na quinta-feira (12) com Stephanes, a governadora disse à Agência Brasil que o lançamento será realizado no município de Marabá, um dos mais importantes do estado, no dia 9 ou 10 de dezembro, dependendo da confirmação de alguns compromissos de agenda. Além de Marabá, as 19.300 fazendas estão localizadas nos municípios de Eldorado dos Carajás, Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu, mas Ana Júlia afirmou que 50 mil propriedades rurais já foram georreferenciadas no Pará e que, até o final do ano, serão 80 mil.
“O estado do Pará é hoje o que tem melhor condição de demonstrar a origem dos seus produtos, animais e vegetais, mostrando um combate concreto ao desmatamento ilegal. Hoje nós temos condição de que a pecuária no Pará gere desmatamento zero”, afirmou.
Para garantir a eficiência do programa, o governo federal vai cruzar, eletronicamente, os dados de georreferenciamento das fazendas com os de desmatamento na Amazônia. Se uma dessas propriedades estiver derrubando árvores ilegalmente, será identificada. Por outro lado, o pecuarista que respeitar o programa, terá mais credibilidade e mais mercados para a carne que produz.
Além dos governos federal e estadual, o programa tem outros parceiros, como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os frigoríficos Bertin e JBS-Friboi, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A ideia do programa ganhou força depois que, em meados de junho deste ano, três grandes redes de supermercados – Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart – decidiram suspender a compra de carne de 11 frigoríficos localizados em áreas apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no estado como de desmatamento. Somente em 2008, foram abatidos mais de 1,5 milhão de bovinos criados em propriedades rurais paraenses. (Fonte: Danilo Macedo/ Agência Brasil)