De acordo com o levantamento, os cânceres mais comuns no país serão o de pele não melanoma (tumores de fácil tratamento), próstata e mama feminina. Os casos de câncer de pele não melanoma somarão aproximadamente 114 mil casos novos em 2010, o que corresponde a 23% do total de casos de câncer estimados.
As localizações de casos de câncer apresentadas na estimativa foram selecionadas pela magnitude da mortalidade ou da incidência, assim como aspectos ligados ao custo e a efetividade de programas de prevenção. A coordenação do estudo informou que a estimativa é válida por dois anos, 2010 e 2011, além de levar em conta o número de brasileiros (cerca de 190 milhões).
O estudo aponta também que ocorrerão mais casos de câncer entre mulheres do que em homens – 52% dos casos novos (253 mil) serão registrados em mulheres e 48% (236 mil) em homens.
“O risco do câncer nos homens é maior do que nas mulheres devido a expectativa de vida ser menor e por existir mais pessoas do sexo feminino no país”, disse o coordenador de prevenção e vigilância do Inca, Cláudio Noronha.
Sem considerar os casos de câncer de pele não melanoma, nos homens (quase 190 mil), o câncer de próstata será o tumor mais comum de Norte a Sul do Brasil. O segundo tipo mais frequente será o de pulmão (17.800), seguido de estômago (13.820), cólon e reto ou intestino(13.310), cavidade oral (10.330), esôfago (7.890), leucemias (5.240) e pele melanoma (2.960).
“O câncer de próstata é tipicamente um tumor da terceira idade. Então, devido ao envelhecimento populacional, são esperados 52 mil novos casos no ano que vem”, afirmou Noronha.
Entre as mulheres (192.590), os cânceres mais incidentes em todo o Brasil serão: mama (49 mil), colo de útero (18.430), cólon e reto (14.800), pulmão (9.830), estômago (7.680), leucemias (4.340), cavidade oral (3.790), pele melanoma (2.970) e esôfago (2.740).
“Nós recomendamos as mulheres que a partir dos 50 anos realizem exames na mama pelo menos a cada dois anos. As mulheres que já tem histórico de câncer de mama na família já deve realizar exames aos 35 anos. Independente da idade, qualquer alteração nas mamas devem ser informadas ao médico”, disse o diretor geral do Inca, Luiz Antonio Santini. (Fonte: Folha Online)