Os cientistas conseguiram o avanço criando um pedaço de pele humana nas costas de um camundongo com o uso de células-tronco, que possuem a capacidade de se desenvolverem e converterem em qualquer célula humana.
Tradicionalmente, os enxertos de pele são criados a partir de culturas de células retiradas do paciente. É um processo que leva três semanas, o que é tempo demais para alguns pacientes que sofreram queimaduras extensas.
O novo método à base de células-tronco permite que os hospitais encomendem pele humana assim que receberem uma vítima de queimaduras.
“O que nossa descoberta pode fornecer é uma maneira de cobrir as queimaduras durante essas três semanas com epiderme. produzida naquela fábrica e enviada ao médico assim que o hospital recebe um paciente com queimaduras graves”, disse Marc Peschanski, diretor de pesquisas do instituto I-Stem.
“O hospital vai ligar para a fábrica e receberá imediatamente um metro quadrado de epiderme, que servirá para cobrir as queimaduras temporariamente”, disse ele.
“Enxertamos células nas costas de um camundongo no qual tínhamos provocado um ferimento, e observamos, 12 semanas mais tarde, que a epiderme tinha se curado”, disse Xavier Nissan, que participou do estudo realizado pelo I-stem, que desenvolve terapias de regeneração usando células-tronco.
Na França, entre 200 e 300 pessoas por ano correm o risco de morrer de queimaduras graves, disse Peschanski, que espera que o novo método se torne uma ferramenta terapêutica comum.
“Portanto, isto realmente traz uma nova esperança para essas pessoas. E a verdade é que qualquer um de nós pode se tornar um paciente com queimaduras graves’, disse ele. (Fonte: Folha Online)