O objetivo da espaçonave, que terá órbita polar, é fazer um mapeamento completo em infravermelho do céu sobre a Terra. O objetivo é realizar uma varredura e meia a cada nove meses, ajudando a descobrir objetos cósmicos até então escondidos, como estrelas frias, asteroides escuros e as galáxias mais luminosas, que os equipamentos atuais não conseguem distinguir.
“Os ‘olhos’ do Wise representam uma importante melhoria com relação aos mapeamentos em infravemelho anteriores. Descobriremos e catalogaremos milhões de objetos”, disse Edward Wright, pesquisador principal da missão na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
A missão mapeará o céu por completo em quatro comprimentos de onda em infravermelho, com sensibilidade de até centenas de milhares de vezes maior do que as anteriores. Os dados servirão como cartas de navegação para outras missões, apontando alvos de grande interesse.
Segundo a Nasa, os telescópios espaciais Hubble e Spitzer e os ainda a serem lançados Sofia e James Webb seguirão as descobertas do Wise.
“Este é um momento muito bom para os telescópios espaciais, que trabalharão em conjunto, cada um contribuindo com peças isoladas para criar alguns dos mais instigantes quebra-cabeças do Universo”, disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa.
A luz visível é apenas um pedaço do arco-íris eletromagnético do Universo. A luz infravermelha, que o homem não consegue ver, tem maiores comprimentos de onda e é particularmente apropriada para observar objetos que são frios, empoeirados ou estão muito distantes.
Um exemplo de objetos que o Wise será capaz de distinguir são milhares de asteroides frios, incluindo centenas deles que passam relativamente próximos da Terra sem serem percebidos.
As medidas que poderão ser obtidas com o satélite também fornecerão melhores estimativas dos tamanhos e composições dos asteroides, informações importantes para entender consequências de possíveis impactos na superfície terrestre. (Fonte: Agência Fapesp)