“Quem quer fazer a obra quer que ela aconteça, é razoável isso. Agora, o nosso papel não é só ser pautado pelo ritmo de quem quer fazer, porque tem as leis, a saúde, os rios. Assim é e assim será. A gente tem que pelo menos tratar disso com bom humor”, afirmou.
Minc disse que o licenciamento ambiental não pode ser visto “só com número de carimbos” para casa obra, uma vez que é um instrumento de proteção da sociedade. “O objetivo principal do licenciamento não é uma coisa cartorial, é aperfeiçoar o projeto. Isso foi absorvido, um pouco pra cá, um pouco pra lá, se chegou a um termo que é esse”, afirmou.
Segundo o ministro, no caso de Belo Monte o licenciamento ambiental está melhorando a previsão da obra. “Muitas coisas que estavam erradas e iam causar sérios problemas no projeto original estão sendo aperfeiçoados em relação ao transporte fluvial, peixes”, afirmou.
A expectativa do Ministério de Minas e Energia era que leilão para a construção da usina ocorresse na semana passada, mas acabou atrasado depois que o governo decidiu esperar a licença prévia ambiental a ser expedida pelo Ibama. Como o certame deve ser feito, no mínimo, um mês depois da publicação do edital, o leilão do empreendimento só deverá acontecer no ano que vem.
A estimativa do último balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é de que a hidrelétrica comece a abastecer o sistema interligado em 2014. Ainda não há previsão de quando o Ibama vai conceder a licença.
Farpas – Publicamente, Lobão e Minc trocaram farpas ao discutirem a construção da usina. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Lobão reclamou da lentidão e do “mau humor” da equipe do Ministério do Meio Ambiente na concessão de licenças ambientais. Minc, por sua vez, afirmou que Lobão é conhecido por ser “cronicamente mal humorado” e classificou o ministro de “insensível e antiquado”. (Fonte: Folha Online)