O comitê de ciência e tecnologia da Câmara dos Lordes britânica afirmou em relatório que o uso de nanopartículas em alimentos e embalagens de alimentos deve crescer dramaticamente nos próximos 10 anos, mas pouco se sabe sobre sua segurança.
“As tecnologias têm o potencial de propiciar alguns benefícios significativos aos consumidores, mas é importante que pesquisas detalhadas e completas sobre as potenciais implicações de saúde e segurança… sejam empreendidas agora, a fim de garantir que os possíveis riscos sejam identificados”, disse o lorde Krebs, presidente do comitê de ciência e tecnologia que produziu o relatório.
A nanotecnologia é o projeto e manipulação de materiais milhares de vezes menores que a espessura de um fio de cabelo humano, conhecidos como nanopartículas.
A tecnologia vem sendo elogiada como nova forma de produzir materiais mais fortes e leves, cosméticos melhores e alimentos mais saborosos ou saudáveis, mas o relatório da sexta-feira afirma que a escassez de pesquisas científicas em todo o mundo significa que os potenciais riscos e benefícios das nanopartículas nos alimentos são em larga medida desconhecidos.
De acordo com Krebs, cujo comitê ouviu depoimentos de associações setoriais da indústria alimentícia, autoridades regulatórias e especialistas científicos de todo o mundo, o mercado mundial de nanotecnologia de alimentação movimentou 410 milhões de dólares em 2006 e deve atingir os 5,6 bilhões de dólares em 2012.
“Estamos à beira de um crescimento potencialmente explosivo dessa nova abordagem de produção e processamento de alimentos”, disse Krebs em comunicado à imprensa.
No momento, existem cerca de 600 produtos contendo nanomateriais no mercado, mas apenas cerca de 80 deles são alimentos ou assemelhados, e destes apenas dois estão à venda no Reino Unido. (Fonte: G1)