“Decidimos ir ainda mais longe e utilizar o material proibido, o coprólito” (termo utilizado em paleontologia para designar os excrementos fossilizados), comentou o fundador da sociedade fabricante de relógios Artya à margem do Salão de Baselworld, que está sendo realizado em Basileia, norte da Suíça.
“Felizmente, a cor interna é magnífica, além de ter 100 milhões de anos, e é a antimatéria por excelência”, acrescentou Yvan Arpa, um matemático cuja sociedade em Vesenaz, perto de Genebra.
A matéria fecal utilizada, proveniente de um dinossauro herbívoro cuja espécie não foi determinada, serve de fundo branco nacarado, com riscados cinza e laranja, sobre o qual se destacam dois ponteiros negros.
Cada exemplar, vendido por 12.000 francos suíços (US$ 11.200), é único e possui certificado.
O fabricante já havia se distinguido ao criar um relógio no valor de 300.000 francos suíços (US$ 282.905) que não indicava a hora e apenas se era dia ou noite.
O designer de 45 anos também criou relógios que funcionam através de descargas elétricas que podem atingir um milhão de volts.
Yvan Arpa diz que pensa de maneira diferente e quer desconstruir o mundo tradicional da relojoaria.
Colega – Seu colega, Jean-Marie Schaller, no entanto, também resolveu usar dinossauros em sua mais recente coleção.
Sua marca Louis Monet, estabelecida em Saint-Blaise (oeste da Suíça), concebeu um modelo de relógio com base em fragmentos de ossos de um dinossauro herbívoro que viveu há 150 milhões de anos no noroeste do continente americano.
Acompanhado por um certificado de autenticidade, o relógio de fundo vermelho acinzentado granulado é vendido a 310.000 francos suíços (US$ 292.113).
Ao contrário de Arpa, o relógio Schaller é um modelo tradicional de luxo, equipado com um mecanismo que evita os efeitos da gravidade – o que desajusta o sistema – e é incrustado de diamantes.
No ano passado, ele incorporou um meteorito proveniente do planeta Marte e do meteorito batizado “Pedra de Rosetta” em seus relógios. (Fonte: Folha Online)