Uma nova instalação do Facebook utilizará energia de uma geradora cujo principal combustível é o carvão, enquanto a Apple, que lançará o iPad em 3 de abril, está construindo uma central de armazenagem de dados em uma região da Carolina do Norte (EUA) que tem eletricidade gerada por carvão, afirmou a organização ambiental no estudo.
“A última coisa de que precisamos é de mais infraestrutura em nuvem construída em locais onde isso represente alta na demanda por energia suja acionada a carvão”, conclui o Greenpeace, cujo argumento é o de que as empresas da web deveriam ser mais cuidadosas quanto aos locais em que constroem suas centrais de dados e deveriam intensificar a pressão em Washington por energia mais limpa.
O crescente volume de filmes domésticos, fotos e dados de negócios superou a capacidade dos computadores pessoais e mesmo das centrais médias de processamento de dados empresariais, o que estimula a criação de imensas centrais de servidores equipadas com dezenas de milhares de máquinas especializadas, que formam a “nuvem”.
O relatório surge em meio a um novo debate norte-americano sobre criar ou não limites ou outras medidas que reduzam o uso de combustíveis com teor pesado de carbono, como o carvão, a fim de limitar alterações no clima.
Apple, Facebook, Microsoft, Yahoo! e Google: todas operam ao menos algumas centrais de processamento de dados para as quais é necessário uso intensivo de energia gerada pela queima de carvão, informa o Greenpeace.
As empresas se recusaram a oferecer detalhes sobre suas centrais de processamento de dados, mas todas elas disseram que levam em conta as questões ambientais em suas decisões de negócios; a maioria também declarou estar promovendo medidas agressivas de eficiência energética.
Se consideradas como um país, centros de processamento de dados e telecomunicações globais ficariam em quinto lugar em consumo de energia no mundo em 2007, atrás dos Estados Unidos, China, Rússia e Japão, afirma o relatório do Greenpeace.
O grupo baseou suas descobertas em uma série de dados, incluindo estudo federal norte-americano de 2005 e uma pesquisa de 2008 realizada por Climate Group and the Global e-Sustainability Initiative, que o Greenpeace atualizou em parte com informações da Agência de Proteção Ambiental dos EUA. (Fonte: Folha Online)